UM JARDIM DE DESACERTOS [OPINIÃO]

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Olá, dorameiros de plantão!

Hoje o papo é diferente, porque não consigo fazer uma recomendação de Jardim de Meteoros.

O dorama foi o queridinho de 2018 e, graças à tantos comentários do tipo “o novo You’re Beautiful”, acabei colocando no topo da minha lista (que nunca termina). Mas no fim, assisti até o sexto episódio e desisti. 

Acho que, baseado nas minhas recomendações, já é claro que eu adoro uma comédia romântica, então clichês não me assustam. Falou em protagonista engraçadinha e reverse harem? Eu ‘tô super dentro! Sem esperar nada grandioso, perdoei as atuações bem rasas, os estereótipos gastos e até a falta de sutileza para amadurecer relacionamentos na trama, fossem eles bons ou ruins. Até mesmo as personagens secundárias são sem graça e apáticas, sem carisma nenhum, com a mesma atratividade de uma propaganda de margarina diet. MAS esse não é o problema, porque raramente histórias assim inovam ou se esforçam para vencer a barreira do: ok.

O ponto realmente problemático é a relação dos protagonistas, Dong Shancai e Daoming Si. Pesquisando, descobri que esse é mais um dos inúmeros doramas que pipocaram em torno de Hana Yori Dango e — me perdoem, deuses dos animes e mangás — como não assisti o original, não posso opinar sobre as personagens originais.

Shancai é a síntese da protagonista que não tem voz para se defender e deixa os problemas tomarem proporções bíblicas graças ao seu silêncio sem sentido ou motivação. Rainha dos mal entendidos e senhora do silêncio culpado, metade das situações irritantes seriam resolvidas se ela abrisse a boca para falar por si própria. Mas, ainda sobrevivemos a isso, se fosse só.

Daoming Si, por sua vez, faz parte do quarteto de alunos superestimados, que mais matam aula nos porões ou terraços do que estudam. Além de rico e bonito — preciso lembrar que a beleza é muito relativa — é extremamente arrogante e certo da sua importância para a raça humana. Já no primeiro episódio, pisa no celular de Shancai que, ao invés de explicar a situação, sai gritando que ele lhe deve desculpas. Eficaz, claro.

A partir daí, os dois trocam algumas farpas verbais suaves, até Daoming Si empurrar a amiga de Shancai, fazendo a garota quase rolar pela escada. Ok. Essa faculdade faz alguma coisa para proteger os alunos de agressões?

Como não bastasse, em um episódio grotesco e ainda mais sem sentido, apenas para reafirmar seus propósitos egoístas, Daoming Si joga comida em Shancai e a humilha. 

Bem, vai ser um dorama sobre bullying, certo?

Errado!

Porque de repente, a atitude quase criminosa do rapaz é explicada pelos seus amigos: ele deve estar apaixonado. E qual a melhor maneira de demonstrar isso? Mandar trocar todo o visual de Shancai e dizer estão namorando. Nesse brevíssimo momento de presença de espírito, a personagem defende sua autonomia, então, confesso, tive esperanças.

Ingenuidade minha, porque quando o ciúme fala mais alto do que qualquer mísera confiança que ele possa ter na palavra de Shancai, Daoming Si chega ao ápice dos erros desse dorama. Encurralando Shancai no terraço, apenas SOCA a parede, bem ao lado do rosto dela, que quase em prantos, continua dizendo que não tem nenhum relacionamento com o amigo dele. Então, simplesmente beija a garota a força e só para quando ela começa a chorar e implorar que pare. 

Ele para. E leva ela para casa. 

Porque tudo bem, Daoming Si estava com ciúmes.

Acho que não é preciso dizer mais nada. Me recuso — e topei com muitas resenhas semelhantes em indignação — a acompanhar uma história que tenta forçar um romance onde não há espaço para um. Qualquer chance de torcer por esse casal fica oculta pela visão de Shancai encolhida no chão, chorando por medo de Daoming Si. 

Muito me surpreende que uma plataforma como a Netflix, jovem e com um posicionamento normalmente sensato, tenha dado verdadeiro destaque a Jardim de Meteoros. Mas em terra de vendas, opinião é moeda de troca. Resta à nós, questionar, mais uma vez, que tipo de espelho damos para as próximas gerações de meninas? 

Gostaria de encontrar a pessoa que comparou Jardim de Meteoros a You’re Beautiful, porque só o porcoelho já dava de dez à zero nesse enredo.

PAIXÃO IMPREVISTA

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Paixão Imprevista / Accidentally in Love / Provoking the Evidoing Cold

Mandarim: 惹上冷殿下 

Romanizado: Re Shang Leng Dian Xia (Esfrie, Vossa Alteza)

Ano: 2018

Sinopse: 

Uma jovem vai contra os desejos de sua família rica e se passa por uma estudante comum na universidade, onde cruza o caminho de um cantor pop.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

A sinopse faz você se lembrar de outros dez, ou mais, doramas de comédia romântica? Pois não está enganado, Paixão Imprevista segue a receita básica que mais funciona nesse tipo de produção: AMOR À SEGUNDA VISTA.

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Cheng Qing Qing é uma jovem de classe média que perdeu os pais e mora com o avô. Como ele decida que ela deve se casar, ela simplesmente foge e vai para a universidade onde os seus pais se conheceram. Para não ser encontrada pelos empregados do avô, ela usa óculos e peruca (o que claro, funciona sempre na ficção). Enquanto está fugindo, ela acaba esbarrando em Situ Feng (esse nome é muito gostoso de pronunciar), que é um cantor pop conhecido como Vossa Alteza (por isso o título estranho). 

Situ Feng é muito popular, mas como esperado, tem problemas em casa, não sabe expressar os sentimentos e definitivamente não consegue aproveitar a vida. Quando ele e Qing Qing se encontram, não conseguem se dar bem e passam boa parte do dorama em pé de guerra.

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Sinceramente, não tem nada de novo em Paixão Imprevista, e como poucos doramas são perfeitos, teve alguns pontos negativos. O clima e a atuação beira muito o caricato, com situações tão óbvias e clichês que o revirar de olhos é reação automática. Os personagens também seguem a lista de estereótipos: mocinho traumatizado, mocinha pobre (nesse caso, mentindo), o amigo do protagonista que fará o triângulo amoroso, a amiga leal, o bad boy, a rival que fica encarregada de arranjar problemas e os personagens secundários divertidos para aliviar, ainda mais, quando for preciso.

Outra coisa que incomoda, mas isso não é exclusividade desse dorama em particular, é a classificação da personagem pela beleza. Óbvio que na China, um pouco mais tradicional, quando a mulher parece mais natural é considerada bonita, mas na história, quando Qing Qing coloca a peruca e óculos, ela é chamada de feia o tempo todo. Claro, em uma comédia não é esperado que fossem pesar todos os pontos, mas como ela continua sendo inumanamente bonita, não faz sentido! Desnecessário.

Fora isso, eu, que amo clichês, ainda me deliciei horrores com a dupla menina fofa + bad boy apaixonado. Desculpa, mundo, não resisto. Fang Fang e Yiyang foram os responsáveis por todos os meus surtos e risadas mais sinceras.

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Esperando uma coisa grandiosa e momentos de epifania? Dorama errado. Mas se apenas quiser se viciar nessa história gostosinha e momentos encantadores, com certeza recomendo!

 

Xoxo, Nana

 

 

SEOUL SEARCHING [FILME]

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Seoul Searching

Ano: 2015

Sinopse:

Década de 80. O governo da Coreia do Sul criou um acampamento de verão especial para os adolescentes nascidos no exterior aprenderem o que significa ser um verdadeiro coreano. Três jovens – vindos dos Estados Unidos, México e Alemanha – são enviados para lá por seus pais e acabam conhecendo três garotas que vão mudar suas vidas para sempre, tendo o verão mais louco de suas vidas.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Primeiro, vamos falar de dois pontos importantes: é um filme produzido e dirigido pelo Benson Lee, que é coreano-americado e é baseado em uma história real. 

Segundo, a sinopse faz parecer mais uma sequência de romances adolescentes, mas não é apenas isso.

Seoul Searching tem um estilo que, sinceramente, estava sentindo saudades. É o típico filme que você espera ver passando na Sessão da Tarde e que tem o poder de fazer com que deseje ser um adolescente (logo ou de novo), só para sair curtindo a vida por aí. Como acompanha o verão de jovens dos anos 80, temos muito cabelo com laquê, topetes, brilho, saias de tule e camisetas rasgadas. É um mix visual muito louco.

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Temos o sócia coreano do Sid Vicious, a Madonna viciada em soju, gêmeas engraçadinhas, o garoto certinho que usa terno 24/7, o metade mexicano que realmente sabe se meter nos melhores problemas, a garota que odeia coreanos e todos os outros perfis que puder imaginar em uma sala de aula. Claro, ainda temos um professor que mais parece uma mistura de agiota com detetive, mas combina muitíssimo bem com a trama.

Ser surpreendida por títulos que não conhecia não é novo, e espero que também sejam por Seoul Searching. Sem spoilers, tem comédia simples e ingênua, bem na vibe dos anos 80/90, romance fofo e também aquele draminha básico, porque nem só de kimchi o bom coreano viverá.

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De um jeito suave, que faz analogia com qualquer aspecto da vida, esse filme faz com que todos reflitam sobre o que é ser parte de um país, de uma cultura diferente, de uma família. Sem sombra de dúvidas, um filme maravilhoso que eu super indico.

 

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Xoxo, Nana

 

Age of Youth


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Age of Youth / Hello, My Twenties! 

Hangul: 청춘시대

Romanizado: Cheongchunsidae (Idade Juvenil)

Ano: 2016

Sinopse:

Cinco universitárias com personalidades variadas compartilham a casa e os problemas delas.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Dificilmente vamos topar com outra sinopse tão sucinta, incompleta e ao mesmo tempo tão verdadeira, como a de Age of Youth. Confesso que foi justamente pela temática slice-of-life (gênero não-acontece-nada) que comecei a assistir. Depois de várias doses de amores sofridos e perfeitos, um choque de realidade parecia uma boa pedida.

Hoje não vamos falar de nomes e elenco, porque isso fica em segundo plano aqui.

Logo no primeiro episódio, entendi por que é aquele dorama que você quer indicar para todo mundo! E isso é sério! Os episódios têm em torno de uma hora, então são um pouco extensos, mas não são cansativos, porque a narrativa é leve e envolvente, do tipo que você não se esforça para entender, mas quer muito acompanhar.

Para pensar Age of Youth, é necessário esquecer o óbvio. Já de começo, são cinco protagonistas, universitárias, com idades que variam na casa dos vinte e o foco não é o romance, apesar dele acontecer – ou não, como é de se esperar da vida. Cada uma delas é tão complexa e tão profunda que é impossível não se apaixonar por todas, em suas peculiaridades. Não posso falar de cada uma separadamente, porque não consigo fazer jus às personagens, belíssimas, encantadoras e absurdamente reais. Aliás, real é a palavra chave por trás desse dorama. 

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Não tem floreios, meias palavras ou açúcar para amenizar as situações. Se as personagens não agem por conta, nada acontece, exatamente como a vida é. Mas nem por isso é uma história sombria. Ele é cheio de risadas, momentos doces, lágrimas angustiadas e a pesada dúvida da juventude, em toda sua magnitude. Com as cinco personalidades, temos cinco mentes apavoradas com o futuro e o presente (às vezes com o passado) e é muito fácil se identificar com os perrengues que elas enfrentam.

A melhor parte é a interação entre as personagens, tão sutil e calorosa que soa como se fossem amigas nossas também, que moram ali, no apartamento ao lado. A amizade que cresce nos episódios nos faz desejar fazer parte dessa república para garotas e beber cerveja ao redor da mesa de cinco lugares, todos os domingos à noite. De novo, deixando o óbvio de lado, é a amizade o tema central da história, e é ao redor dela que tudo se desenvolve. Desde o início tímido, o crescimento da confiança, a lealdade e a entrega dos sentimentos que depositamos nos amigos, Age of Youth consegue narrar isso de uma forma sensível e verdadeira.

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Como um ponto positivo extra, a trilha sonora é tão gostosinha que você vai querer baixar toda a playlist – é impossível pular a abertura! As cores claras usadas e a luz natural abundante deixam um clima de primavera que faz suspirar até as almas mais sombrias e me deixava muito animada! 

Vale a pena se tornar mais uma das pessoas que diz “você precisa assistir Age of Youth!”, eu recomendo!

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Xoxo, Nana 

 

Oh My Ghost

 

 

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Oh My Ghost / Oh My Ghostess

Hangul: 오 나의 귀신님

Romanizado: O Naui Gwisinnim (Oh meu fantasma)

Ano: 2015

Sinopse:

Na Boon Sun (Park Bo Young) é uma mulher diferente das demais pela sua capacidade de ver espíritos desde muito nova, por isso é extremamente tímida e fechada. Apesar disso, Boon Sun tem o sonho de ser chefe de cozinha e trabalha como Assistente de Chef no Restaurante Sun para conseguir pagar suas contas, mas a jovem é secretamente apaixonada pelo grande Chef Kang Sun-Woo (Jo Jung Suk) e, por ser muito tímida, não tem coragem de confessar seus sentimentos.

Shin Soon Ae (Kim Seul Gi) é uma jovem mulher que morreu sem nunca ter experimentado um romance em sua curta vida. Ela está determinada a seduzir o máximo de homens possível e a perder sua virgindade, acreditando que assim poderá chegar feliz ao pós-vida e vê a oportunidade quando vê Boon Sun na rua enquanto fugia de uma xamã (Lee Jung Eun) e encontra o instrumento perfeito para cumprir sua missão.

Sun Woo está se recuperando de um coração partido, mas logo começa a prestar mais atenção em uma Boon Sun mais ousada e confiante sem saber que esta é na verdade Soon Ae.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Oh My Ghost é uma daquelas incríveis surpresas do catálogo. Me atrair não problema, porque adoro o tema sobrenatural em qualquer tipo de gênero, então, gostei da sinopse, apesar de “fantasma virgem” me deixar preocupada com cenas de vergonha alheia.

MAS (e aqui cabe uma caixa alta muito bem) Oh My Ghost é muito mais do que uma fantasma tentando seduzir alguém. No primeiro episódio, assim que a Soon Ae apareceu com uma personalidade incrível, divertida e humana de verdade, eu sentei direito no sofá e percebi que iria colar os olhos na tela. Primeiro que a atriz Kim Seul Gi não tem aquele rosto comum de protagonista boneca de porcelana. Ela é muito expressiva, sem ser forçada, e tem um sotaque ótimo quando começa a gritar (e ela grita bastante). Já fiz a lista de todos os trabalhos dela para conferir.

A outra protagonista, à cargo da fofíssima Park Bo Young, quase me desanimou no começo, mas antes do primeiro capítulo terminar, já estava chorando por causa dela. Digamos que a vida é bem difícil quando não se dorme por causa de fantasmas te chateando o tempo todo.

É ai que entra a Soon Ae, porque, quando ela possui a Boon Sun, também espanta os outros fantasmas (aos berros). A relação das duas é de uma amizade bonita que cresce na medida certa, afinal, não é tão fácil assim viver com alguém a mais no seu corpo. A atuação da Bo Young é incrível por fazer dois papéis e incorporar os trejeitos da Soon Ae. Me arrancou boas risadas.

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O famoso e incrível chef de cozinha merece o prêmio de Oppa dos Sonhos. Como não poderia faltar em um dorama de comédia romântica, ele é um pouco grosso e orgulhoso, mas também é engraçado, gentil e com uma personalidade muito infantil – não no sentido irritante da palavra. Ele dá o braço a torcer, faz caras e bocas e chora várias vezes. Os doramas recentes tem investido muito nisso, mas o ator Lee Jung Eun é um doce de pessoa e eleva em vários patamares a noção do que é um Oppa perfeito.

Por falar em chorar, eles sabem como fazer isso. Choro nota 10 para todos os envolvidos. Nada de lágrima desanimada, aqui é soluço e rosto melado mesmo.

E sabe aqueles surtos de fofura que é impossível controlar? É o que acontece conforme o casal principal, que é um triângulo sutil com o fantasma, vai se aproximando. Não tem aquela enrolação chata de muitas histórias, o chef Sun Woo não vê problema algum em admitir que está apaixonado, principalmente porque é um enredo mais maduro, com beijos de verdade e sem muito drama.

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Romance: Ok.

O restaurante ainda conta com uma equipe divertidíssima, que são quatro cozinheiros de mão cheia e um entrosamento que aquece o coração de qualquer um. Parece que eles se conhecem desde sempre e, vamos combinar, é um dorama de dar água na boca. Até fiquei com vontade de cozinhar depois de assistir.

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Comédia: Ok.

E só isso seria o suficiente para completar um menu saboroso, mas Oh My Ghost ainda revela, aos poucos, que nem tudo são flores, e o mistério sobre a morte de Soon Ae aos poucos ganha forma. É de ficar ansioso do começo ao fim, porque quando tudo começa a ser desvendado, surgem mais complicações.

Suspense: Super ok!

Existem tantos personagens incríveis que é impossível falar de todos e eu já me alonguei bastante. É um dorama que olharia de novo? Amanhã mesmo! Merece um grande e redondo 10 em todos os sentidos e indico sem sombra de hesitação.

Xoxo, Nana

Hwayugi

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Hwayugi / Uma Odisseia Coreana

Hangul: 화유기

Romanizado: Hwayugi (Orgânico)

Ano: 2017

Sinopse:

Jin Sun Mi nasceu com a habilidade de ver espíritos, mas isso fez com que sua vida fosse muito difícil. Quando criança, encontrou-se com duas criaturas sobrenaturais, e uma delas, o Sábio da Essência Celestial, Song Oh Gong, fez um acordo com ela: viria salva-la sempre que Jin Sun Mi chamasse seu nome. 25 anos depois, Jin Sun Mi é uma mulher rica e bonita, que tem que lidar com demônios que aparecem em seu caminho. Woo Hwi Chul, o Rei Demônio, está tentando se promover como Deus e Song Oh Gong está desesperado para liberar seus poderes. As coisas se tornam ainda mais complicadas quando, a lenda de que o sangue de um certo humano pode fazer com que qualquer espírito se torne muito poderoso, é confirmada. Song Oh Gong decide comer esse humano, enquanto o Rei Demônio quer protege-lo.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Antes de tudo, conciliar a faculdade com a vontade de assistir dorama é bem difícil! Mas vamos lá… Vale a pena?

Geralmente, penso sobre o assunto algum tempo depois de assistir, mas nesse caso, terminei o dorama ontem à noite e fiquei pensando nele até agora, então é justo fechar esse ciclo de uma vez. Confesso que comecei a assistir com o mesmo pé atrás que tinha com Descendants of the Sun: muito queridinho, caiu no gosto de todo mundo… Sim, eu sou esnobe com títulos famosos!

Mas, foi uma surpresa muito agradável! Hwayugi é baseado no conto chinês, Uma jornada para o oeste, de onde, vamos todos relembrar, surgiu a ideia para o personagem Son Goku – familiar, não? Então. Vamos começar falando sobre Song Oh Gong, interpretado pelo ator, cantor, compositor e anfitrião mais carismático de todos os tempos, Lee Seung Gi. O papel seria de outro ator, mas ele recusou e felizmente, fomos agraciados com a interpretação cômica e tocante de Lee Seung Gi. Sabe aqueles papéis que não poderiam ser de outra pessoa? É esse o caso.

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O Sábio da Essência Celestial é um protagonista divertido, mas não cansativo, com uns rompantes de raiva ou infantilidade que são agradáveis e não forçam a barra, como pode acontecer. Em parte, a relação dos protagonistas é um balanço equilibrado porque, na outra ponta, temos a elegante Oh Yeon Seo interpretando Jin Sun Mi. Já vi algumas pessoas reclamando do jeito tranquilo demais da protagonista, que não cai de amores pelo sábio assim de cara, mas isso também combina com a trama.

Hwayugi não é um amor adolescente, mas sobre uma divindade imortal e uma mulher madura, que sofreu muito e enriqueceu sozinha, não precisa absolutamente de um cara arrogante lhe dizendo o que fazer. Só ai já temos ponto importante a favor, é Song Oh Gong que precisa melhorar para se aproximar dela, mesmo que a intenção inicial seja devora-la!

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Passando aos coadjuvantes, penso seriamente em fazer uma resenha apenas para eles! Hwayugi tem um elenco de peso para acompanhar os protagonistas. Para começar, tem participação especial do maravilhoso Jang Keun-suk (oppa!) e  Lee Hong Gi como PK, um astro pop, que também é uma divindade doce e bastante humana, que acaba em um dos ships mais fofos e dolorosos de toda a minha vida de dorameira, ao lado da zumbi Bu Ja.

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Tem tantos personagens bons que eu poderia falar o dia todo, mas já nos alongamos demais. Se quer um conselho: vá assistir Hwayugi! Minha nota final é 9,5, porque na reta final, pareceu que estavam alongando algumas partes, o que fez perder o ritmo envolvente do começo, mas mesmo assim, amei e recomendo de verdade.

xoxo, Nana

ITAZURA NA KISS: LOVE IN TOKYO

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Itazura na Kiss – Love in Tokyo

Kanji: イタズラな Kiss – Love in Tokyo (Beijo Atrevido – Amor em Tokyo)

Ano: 2013

Sinopse:

Aihara Kotoko é uma estudante do ensino médio que finalmente decide confessar o amor que sente por Irie Naoki desde da primeira vez que o viu. No entanto, Naoki, que é inteligente e bom nos esportes, ao contrário dela, rejeita a declaração. O destino intervém quando um leve terremoto destrói a casa de Kotoko e de seu pai e, sem lugar para ficarem, os dois aceitam o convite para morarem na casa do amigo de infância do pai de Kotoko até a casa ser construída de novo. Ao chegar no seu lar temporário, Kotoko se surpreende ao descobrir que um dos filhos dos donos da casa é Irie Naoki.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Se vale a pena? Caramba, vale muito a pena! E essa opinião não é só minha.

Itazura na Kiss é uma adaptação do mangá do mesmo nome, lançado até 1999, que não foi finalizado porque a autora, Tada Kaoru, faleceu. Devido ao enorme sucesso do mangá, já em 1996 a série com o mesmo nome foi lançada e em 2008 um anime. Taiwan lançou as adaptações It Started With a Kiss, de 2005, e em 2008, They Kiss Again. A versão coreana é Playful Kiss, de 2010. E em 2015 foi lançado Kiss Me, a adaptação tailandesa, que tem, na minha humilde opinião, o mocinho mais charmoso de todas as versões! Mike D’angelo oppa!

Itazura na Kiss foi meu primeiro dorama e fiz essa estreia maratonando os episódios até não ter mais nenhuma lágrima para chorar com a Kotoko. A personagem principal segue a linha boa moça, humilde, prestativa (até um pouco tonta demais) mas (MAS) não é irritante. A atriz, a fofíssima Honoka Miki, passa muita segurança com a personalidade desastrada-mas-corajosa da protagonista. Por outro lado, se algum dia vocês já toparam com algum personagem arrogante, vocês vão compara-lo com Irie Naoki e pensar “bem, fulaninho não era tão ruim”.

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Irie-kun é o mocinho mais arrogante, estúpido, prepotente, teimoso, insuportável e incrível de todos os tempos. Como não assisti ainda as outras versões, só conto com a atuação impecável de Furukawa Yuki para dizer que odeio e amo esse personagem.

Os personagens secundários também são de se admirar. As amigas da Kotoko e o bad boy de coração mole (apaixonado pela protagonista, claro) são um dos destaques da trama, por serem, além daquela quebra nos momentos dramáticos, responsáveis por muitas das cenas fofas. Uma atenção especial na concorrência feminina que fica à cargo da atriz Mori Kanna, que eu achei um pouco travada no papel, mas tem umas interações divertidas com a protagonista. Algumas fora do clichê.

O dorama me surpreendeu pelo avanço na história dos personagens e eu confesso que fiquei com medo de assistir a segunda temporada e me decepcionar. Mas se for olhar só a primeira, ou assistir todas as versões possíveis, essa com certeza é uma história apaixonante!

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p.s. Muito antes de Gasai Yuno (anime Mirai Nikki) irritar com “Yuki”, Kotoko já estava formada em “Irie-kun!”.

xoxo, Nana

100 DIAS COM O SR. ARROGANTE [FILME]

100 Dias Com o Sr. Arrogante

100 Dias com o Sr. Arrogante Hangul: 내 사 랑 싸 가 지

Romanizado: Nae sarang ssagaji (Meu amor, o sem modos/educação)

Ano: 2004

Sinopse:

Logo antes de completar 100 dias de namoro, a estudante Ha-Yeong é dispensada, o que a deixa furiosa! Quando ela chuta uma lata de refrigerante, não poderia esperar que justamente batesse na cabeça de Hyung-Jun, um cara da faculdade, cheio de marra. O pequeno acidente causa um arranhão no carro e como Ha-Yeong não pode pagar o valor absurdo que Hyung-Jun exige, cria um “Acordo de Escravidão”, no qual ela deve trabalhar para ele durante 100 dias.

Vale a pena?

Olá, dorameiros de plantão!

Assisti esse filme por causa do título. Se tem uma coisa que facilmente me atrai é o enredo básico dessas comédias românticas (estudante simples + cara rico arrogante + cenas absurdas). Mas é claro, nenhum filme é como o outro e a graça está nisso.

Primeiro, o título em português é muito mais legal. Segundo, a atriz Ha Ji Won é fantástica nessa atuação (como ela sempre é). Apesar de gostar dessas comédias, não é fácil me fazer rir, mas ela conseguiu isso sem muito esforço, graças às expressões hilárias e coreografias que criava nas cenas solo. “100 Dias com o Sr. Arrogante” é divertido por causa da personagem Ha-Yeong, mesmo quando ela não contracena com o talentoso (e lindo) Kim Jaewon, e isso é o mais bacana, porque é fácil se identificar com a loucura dela.

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Quanto ao Sr. Arrogante, vai perceber que ele não é tão arrogante assim. Na verdade, muito mocinho de dorama deveria ganhar esse título antes de Hyung-Jun (e isso não é um elogio a eles) mas é muito interessante acompanhar o sentimento dele se desenvolvendo pela estudante.

Claro, tem muitas cenas bizarras, e com bizarras eu quero dizer MESMO! Mas tem cenas fofas, aquele calorzinho no peito e muita torcida por um final feliz. Um filme ótimo para rir e se surpreender com um romance não focado no drama da personagem feminina, e só tem noventa e quatro minutos, então, comédia na medida certa.

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xoxo, Nana

NOT ME LOVE [FILME]

Olá, dorameiros de plantão!

Eu sou a Nana e estarei com vocês a partir de hoje, compartilhando esse amor por filmes e séries coreanas, japonesas e afins! Confesso que estou bem animada e me sinto honrada com essa oportunidade tão divertida, então, vamos ao que interessa!

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Love me not

Hangul: 사랑따윈 필요없어

Romanizado: Sarang ddawin piryo eopseo (Algo como amor é desnecessário)

Ano: 2006

Sinopse:

Julian tem vivido com o dinheiro que atrai de suas ricas clientes do sexo feminino. Mas agora ele enfrenta dívidas exorbitantes de uma expansão precipitada de seu negócio, e vai ser morto, a menos que limpe a dívida em um mês. A única maneira de salvar a si mesmo, é fingir ser o irmão há muito perdido de uma herdeira e matá-la para obter a sua enorme fortuna. Min, a herdeira cega, insensível como Julian, lentamente, abre-se a ele, e ele também se apaixona por ela.

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Vale a pena?

Confesso que, quando li essa sinopse, imaginei que seria mais um romance água com açúcar, rapidamente desenvolvido em uma hora e cinquenta e nove minutos de filme. Mas não. O termo “insensível” pode ser aplicado aos dois personages, Julian (Kim Joo-Hyuk) e Min (Moon Geun-Young) e não é exagero. Se você espera muitas demonstrações de afeto e cenas fofas, esse não é o caso.

O longa conta com várias conversas cheias de cinismo, suspiros pesados e cenas de partir o coração, em que você quer desesperadamente que Julian admita que não é 100% canalha e fique ao lado de Min. Ao mesmo tempo, Min é uma incógnita em relação a saber ou não que aquele não é o seu irmão, e isso se prolonga até o final do filme. Foi um dos primeiros filmes que assisti depois de ingressar de verdade no mundo dos doramas, então me senti mais envolvida com a atuação deles.

Como esperado, o desenvolvimento cronológico do filme é diferente de uma trama hollywoodiana, mas corresponde bem ao crescimento lento e sutil da interação dos personagens. A atuação de Kim Joo-Hyuk e Moon Geun-Young é séria e são um casal doloroso (no bom sentido) de acompanhar.

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 “Love me not” é uma adaptação do dorama japonês I Don’t Need Love, Summer (愛なんていらねえよ、夏 Ai Nante Irane Yo, Natsu – 2002) e ganhou também uma versão de dorama coreano, That Winter, the Wind Blows (그 겨울, 바람이 분다; Geu Gyeo-ul, Baram-i Bunda – 2013) então pode-se esperar que a história seja ao menos envolvente!

Como ainda não assisti as duas versões seriadas, fica aqui uma promessa, só entre nós, de assistir também e contar as impressões para vocês!

xoxo, Nana